Este movimento estabelece como princípio para uma vida feliz, a posse de poucos bens materiais para que na sua substituição se possam acrescentar os fatores essenciais para uma experiência em pleno e da qual podemos retirar o mais importante na vida, como a cultura, a família, a natureza, as artes, ou o bem-estar, entre outros.
Músicos, artistas, e personalidades das mais variadas áreas projetaram aquilo que o movimento minimalista representa, defendendo as suas raízes, e que em larga medida contrastava com a sociedade de consumo que prosperava na altura e que ainda hoje é o espelho dos países desenvolvidos.
Como nas restantes esferas, muitos foram os designers e estilistas que se sentiram atraídos por este movimento, sobretudo pelo seu conceito. Também os consumidores, em sintonia com a mensagem de que menos pode ser mais, quiseram adaptar os seus guarda-roupas a este conceito, e veio para ficar.
E cada designer pode expressar a sua interpretação de minimalismo nas suas coleções, através do design, dos materiais ou da construção da peça.
Existem algumas ideias que são transversais e que podemos considerar para construir um guarda-roupa baseado no conceito minimalista.
Não são necessárias muitas peças, tendo a base depois é só conjugar e criar looks diferentes. Como são os tons neutros aqueles em que se deve apostar, depois é mesmo saber quais as peças a considerar, como é o caso dos básicos, das peças intemporais e dos essenciais.
Para algumas pessoas pode parecer tudo a mesma coisa, mas na verdade cada uma destas categorias tem uma função. Vamos partir como exemplo dos básicos, estes são como o nome indica, as peças que são a base de qualquer outfit, um exemplo é o singlet (de cor neutra esta é a peça que vai por dentro de outras peças, como um top, é justa mas não coleante e apenas com duas alças finas), o singlet é um básico que pode ser em algodão, seda ou sintético, pode funcionar como um interior, mas que se pode também mostrar por baixo de uma transparência. Outro básico é a t-shirt branca ou preta em decote redondo ou em V, e para a estação mais fresca, a camisola de manga comprida.
As peças intemporais, são aquelas que nunca estão fora de moda, usam-se independentemente das tendências, um exemplo é a calça de ganga, que pode ser da coleção do ano anterior, ou ser de há 5 temporadas atrás, ela permanece intemporal. O mesmo acontece com o casaco Chanel, que é em si mesmo a expressão máxima de intemporalidade. Já no calçado um exemplo é o stiletto, uma forma clássica de sapato, que não passa de moda, mas que a cada estação ou coleção podemos ver variações no seu design, nos materiais, ou nas estampas, mas nunca na forma que este apresenta.
E por fim os essenciais, são aqueles que como o nome também indica, são essenciais para qualquer look, são as peças que realmente constroem um guarda-roupa. A não dispensar, a camisa branca, o blazer preto curto ou comprido conforme as preferências, a gabardine para a chuva, as calças pretas e brancas justas e as largas tipo pantalão, neste exemplo podem existir pequenas variações consoante o estilo, o LBD ou (little black dress) o essencial é ser um vestido preto, podendo depois ser uma versão curta, meia-perna ou tornozelo. Um elemento prático é o blusão biker de pele ou ganga. Já para andar, um par de sapatos fechados, umas sandálias, um par de botas ou botins e um par de ténis. Nos acessórios, um cinto em pele, um lenço de seda, um par de óculos e um chapéu.
O aspeto mais positivo é que estes todos combinados dão uma guarda-roupa minimalista, funcional e intemporal.
Em breve publico uma WEEKLIST apenas dedicada a este tema, com sugestões de marcas sustentáveis.
Comprem sempre de forma consciente e se for mesmo necessário.
#buyonlyifnecessary #compreapenassenecessário. - Obrigada
Um beijo, Vera